sábado, julho 05, 2008

Que mundinho bagunçado esse que tenho por aqui!

Quantas mais longas esperas terei que suportar?

Quantos mais dias sem cor?




Me peguei numa idéia de tentar viver tudo que "preciso", como antigamente.
Livre, categórica, presa a nada, um raio de luz que passa a 100/h.
Sem tempo de pensar, sem parar de sorrir, marcando as pessoas com o olhar de quem nada teme e longe vai.
Só que não dá.
E enquanto eu não me tocar que não dá, a vida não começa pra mim.

A vida passa pela gente bem rápido.
De repente a gente se vê tendo que arrumar um emprego, tendo que largar os filhos, tendo que assumir o tempo que passou sem nem você ter visto e o pior: tendo que renunciar a algumas antigas prioridades.

Hoje eu tenho um dilema.

Eu não consigo me imaginar trabalhando 8 horas por dia, estudando e vendo a Sophia só a partir das 19:00 ou 19:30.
Como poderia isso!?
Como posso deixar o meu bebê por tanto tempo longe de mim?
Ela depende de MIM.
A gente fica bem juntas...A gente brinca, corre, se estressa, se beija, se ama e cresce. Eu a ensino, ela me ensina; uma eterna troca.

Como sacrificar isso?

Eu sei que a vida de todo mundo é essa.
Eu sei que mais tarde ela vai me agradecer por isso.

Mas lá se vai a verdade: eu não estou pronta.
Preciso dela talvez bem mais do que ela de mim.

E não é só nisso que não estou pronta.
Eu não estou pronta para crescer, não estou pronta para as concessões, não estou pronta para os horários, nem para a sala que me espera ou para a faculdade que eu vou trancar.
Não estou pronta para as tardes sem amigas fazendo brigadeiro e nem pronta para acabar com meu tempo livre.
Engano meu, já que o tempo livre se foi a um bom tempo.
Mas caramba, que saudade daquelas tardes sem responsabilidades...Um eterno chegar, tirar os uniformes, dormir a tarde.
A cabeça leve...


Como voltar a ser leve?

Não dá! Viu?
Enquanto eu não me tocar que não dá, a vida não começa pra mim.

Ando tão perdida...

Sabe aquele desespero que significa: "Nada do que eu queria deu certo pra mim e chegou a hora de seguir em frente tentando outro caminho?"

A gente tenta correr, se esconder, fugir. Mas não dá.
Uma hora, os adultos te pegam pelo pé!

Dava chilique quando via pessoas fazendo coisas que não gostavam por obrigação, por ter contas a pagar.
Passei a vida toda achando um absurdo a pessoa se entregar, não lutar até o final.
Mas as necessidades vão surgindo, os problemas começam a te engolir e cá estou eu.
A próxima da fila.

Não é que o mundo engula teus sonhos, é só que eles são engolidos pelo mundo.
Assim, redondo. Mas dessa vez, não é skol.