quinta-feira, junho 25, 2009

Eu queria saber falar das minhas paixões.
De como elas nascem fácil nessa cabecinha de manteiga. De como eu acho o mundo a melhor de todas as possibilidades e o caminhar, o melhor programa.
Queria conseguir explicar o sorriso que nasce na minha boca quando eu estou em um dia de sol e pelos meus ouvidos, passando por um fio está a voz do Charles Aznavour a cantar "La boheme".
Queria gritar pras pessoas esse hino de paz que habita minha alma, e que veio de tão longe.
Queria gravar na memória todos os "bom dias" e "boa noites" que recebi de estranhos acalentadores.
Se eu pudesse, escreveria um livro sobre cada pessoa que me desperta interesse. Seus pedacinhos, suas vergonhas, seus gestos.
Que gosto pela história dos outros...Como se todas elas, pudessem desvendar o meu próprio mistério.
Bela maneira de desviar o foco.

Ainda bem que eu já me sei de longa data....
Hoje eu olhei pra mim (depois de algum tempo sem querer ver) e constatei uma coisa que me incomodou.
Desde que eu me mudei pra cá, pra dentro de mim, fiquei invisível pras pessoas.
E eu realmente não acho bacana ser invisível pras pessoas.
Caramba, cadÊ aquela eu?
Que abria o bocão a argumentar em qualquer canto?