segunda-feira, novembro 21, 2011

Foi com uma inocencia forjada que a vida me deu as informações que eu não quis ver.
A vida parcela as verdades para cobrar com juros a dívida de sonho.

Eu sonhei um mundo re-configurado. E agora, eu to pagando meu preço.

Depois que a porta deixa de ser um nada na parede, apenas uma madeira velha, que alguém pôs ali, sem motivo, coincidentemente, quase sem querer, pra se tornar uma possibilidade, uma visão única, diferente dos que passam ser ver. Dos que não ardem por janelas ou portas. Dos cegos urbanos, agarrados em suas verdades de 525 caracteres, daí eu pensei que não houvesse opção além de estar fora dos limites reais.

Estar além, a margem, pela borda. Não entrar nunca. Não participar. Não fazer parte.

Foi um pouco além do transbordamento. Um pouco além da rebeldia de farmácia. Além da música e além da literatura. Esses conformismos não me servem mais. São analgésicos podres. Parte da engrenagem. Mais sistêmicos do que o olho que tudo vê.
Estou ausente.

Agora entendo as escolhas que fiz. Me assusto. Me surpreendo. Mas afinal, me reconheço.

Eu tenho um termo agora. Eles finalmente me arrumaram um. E mais: Foi fácil como lavar as mãos na chuva.

Não há mais mistério. Não há mais sedução. No more joy, babe. No more fun.

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